domingo, 8 de novembro de 2009

Hoje caí na realidade.
Caí na realidade quando cheguei a casa e tu não estavas. Ainda te procurei, ainda tentei ouvir a tua voz. Assim que cheguei ao quintal e vi que não estavas lá, a realidade voltou a cair sobre os meus ombros.
Tenho saudades tuas meu amigo. Saudades de te ouvir a chamar por mim, saudades de te ouvir dizer para fechar sempre as portas por causa da ciganada que andava nas redondezas, de todos os dias ouvir a porta do meu quarto a abrir e me dizeres: "Rui, são 8h30!" e quando saía de casa para ir trabalhar, tu insistias para tomar o pequeno almoço.
Ainda agora foste, e eu já sinto tanto a tua falta. Esta casa ficou tão vazia, tão escura...tão sem ti. Tu não davas conta, mas enchias o meu coração de orgulho sempre que te via, a imagem que mais guardo é de sorrires para mim, da partilhares comigo tudo aquilo que te ia no coração, até mesmo quando choravas por sentires tanta falta da avó. Tu sentias tanta a falta dela, de tal forma que a tua vida perdeu todo o sentido por muito amor e carinho que toda a família te pudesse dar. Deus foi teu amigo, levou-te para a beira dela, sem que sofresses. Eu sei que agora estás feliz junto a avó, a olhar pela nossa familia. E só vos garanto uma coisa, eu vou encher-vos de orgulho. E a coisa que mais quero, é puder abraçar-vos de novo.

Adeus meu Amigo, meu Companheiro, meu Avô.

6 de Novembro de 2009

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